Um dos mais recentes sucessos de Rita Lee faz
uma comparação entre o amor e o sexo. Segundo ela, o amor é cristão, enquanto o
sexo é pagão. Embora expresse o senso comum, trata-se de um equívoco. Sexo é
cristão! Tanto quanto o amor. E Deus não o inventou apenas para procriação, nem
mesmo apenas para o prazer. Há muito mais em jogo. E para refletir sobre isso,
trago parte de um texto escrito por John Piper, célebre pensador e pregador
americano. Vale a pena conferir:
Sexo e a Supremacia de
Cristo
A Sexualidade é Designada por Deus como uma
Maneira de se Conhecer a Deus mais Completamente.
Deus criou seres humanos à Sua imagem – macho e
fêmea Ele os criou, com capacidades para prazeres sexuais intensos, e com um
chamado para compromisso no casamento e continência na vida de solteiro. [1] E
seu propósito em criar seres humanos com individualidade e paixão foi assegurar
que houvesse linguagem e imagens sexuais que apontassem para as promessas e os
prazeres do relacionamento de Deus com o Seu povo e de nosso relacionamento com
Ele. Em outras palavras, a razão última (não somente a única) por que somos
sexuais é para tornar Deus mais profundamente conhecível. A linguagem e as
imagens da sexualidade são as mais gráficas e as mais poderosas que a Bíblia usa
para descrever o relacionamento entre Deus e o Seu povo – tanto positivamente
(quando somos fiéis), como negativamente (quando não somos).
Como tornar nossa sexualidade santificada,
satisfatória e para o louvor de Cristo? De todos os meios que funcionam, eu
mencionarei apenas dois.
Primeiro, conhecer a supremacia de Cristo
esclarece tanto a alma que sexo e seus pequenos prazeres tornam-se tão pequenos
quanto eles realmente são.
Almas pequenas fazem pequenos prazeres terem
grande poder. A alma, como é, se expande para abrigar a grandeza de seu tesouro.
A alma humana foi feita para ver e desfrutar da supremacia de Cristo. Nada mais
é grande o bastante para expandir a alma como Deus planejou e que também faça
pequenos prazeres perderem seu poder.
Imensos céus estrelados visto de uma montanha
em Utah, quatro nuvens movendo-se em um espaço aparentemente sem fim em Montana,
posicionar-se na beirada da mais profunda depressão do Grand Canyon – tudo isso
pode ter um papel maravilhosamente suplementar no crescimento da alma, pela beleza.
Mas nada pode tomar o lugar da supremacia de Cristo. Como Jonathan Edwards
disse, se você abraça toda criação com boa-vontade, mas não Cristo, você está
infinitamente solitário. Nosso corações foram feitos para serem alargados por
Cristo, e toda a criação não pode substituir sua supremacia.
Minha convicção é que uma das maiores razões
pelas quais o mundo e a igreja estão mergulhados em luxúria e pornografia
(homens e mulheres – 30% da pornografia da internet atualmente é vista por
mulheres) é que nossas vidas são intelectual e emocionalmente desconectadas da
infinita e assustadora grandeza para o qual fomos feitos. Dentro e fora da
igreja, a cultura ocidental está se afogando em um mar de trivialidade,
superficialidade, banalidade e falta de bom
senso. Televisão é trivial. Rádio é trivial. Conversas são triviais. Educação é
trivial. Livros cristãos são triviais. Estilos de louvor são triviais. É
inevitável que o coração humano, que foi feito para ser preenchido da supremacia
de Cristo, mas que está se afundando no mar do entretenimento banal, procure
pela melhor solução natural que a vida pode oferecer: sexo.
Portanto, a cura mais profunda para nossos
vícios infelizes não são estratégias mentais – e eu acredito nelas e tenho
minhas próprias. A cura mais profunda é ser intelectual e emocionalmente
preenchido pela infinita, eterna e imutável supremacia de Cristo em todas as
coisas. É isto que significa conhecê-lo. Cristo comprou este dom para nós ao
custo de sua vida. Portanto, eu digo com Oséias: Conheçamos, e prossigamos em
conhecer ao SENHOR.
Finalmente, a outra visão que eu gostaria de
mencionar é que este conhecer Cristo serve para salvar nossa sexualidade do
pecado, e isto nos fortalece nos sofrimentos.
Conhecer tudo o que Deus prometeu para nós em
Cristo, tanto agora quanto na eternidade vem com uma alegria sempre crescente,
liberta-nos da compulsão de que nós devemos ignorar a dor e maximizar nosso
conforto neste mundo. Nós não precisamos, e nós não ousaremos. Cristo morreu
para fazer nosso futuro eterno radiante com a supremacia de sua glória. E a
forma que ele utiliza para isto acontecer agora é: sofrimento, mas com o coração
pleno de alegria no caminho do amor.
Extraído do texto "Sexo e Supremacia de Cristo" de
John Piper, via Monergismo
Fonte: http://www.genizahvirtual.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário